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Ruth Gonçalves

"Não levei nada para o lado pessoal, mesmo não gostando de certas piadas no momento do trote. "

Sempre considerei o trote como um rito de passagem para quem ingressa na universidade. Pensando assim, não deixei de participar do meu próprio.

            No dia do trote, acordei bem cedo e encontrei uma recém conhecida colega de curso, Luiza Dias, e que por morarmos perto combinamos de irmos juntas. Com roupas velhas, chinelo e nenhum objeto pessoal, nos reunimos com os demais colegas em frente ao Salsa Parilla e partimos pras brincadeiras – algumas um pouco ofensivas, sim – elefantinho, roupas cortadas, tinta, ovos, pó de café, ketchup, mostarda, farinha, entre muito mais sujeira.

            Na segunda etapa, inicialmente fiquei com um pouco de vergonha de pedir dinheiro na rua, mas no fim, a única coisa que não fiz foi ameaçar as pessoas com abraços imundos em troca de moedas.

            Não levei nada para o lado pessoal, mesmo não gostando de certas piadas no momento do trote. Com o passar do tempo conheci melhor meus veteranos, e pessoas que antes eu não gostava por causa do trote, passei a admirar após conhecer melhor.

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